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Premiação das Copas do Mundo: reflexões sobre a diferença entre os gêneros

A discrepância nas premiações entre a Copa do Mundo Masculina e Feminina tem sido um tema de debate e críticas ao longo dos anos. Muitos apontam para essa diferença como um reflexo de uma cultura machista e discriminatória no mundo do futebol. No entanto, ao analisar os números do ciclo anterior das Copas, fica claro que essa disparidade está diretamente relacionada ao faturamento das competições.

A Copa do Mundo Masculina de 2018, realizada na Rússia, foi um evento de proporções gigantescas, gerando uma receita impressionante de cerca de 6,4 bilhões de dólares. Esse montante foi impulsionado por acordos de transmissão e direitos televisivos astronômicos, patrocínios e vendas de licenciamento e produtos, refletindo a popularidade massiva do futebol masculino em todo o mundo.

Já a edição de 2019 da Copa do Mundo Feminina, realizada na França, também foi um sucesso e viu um crescimento significativo no interesse global pelo futebol feminino. No entanto, a receita gerada ficou em torno de 131 milhões de dólares, uma diferença considerável em relação ao evento masculino.

Essa disparidade no faturamento tem consequências diretas na premiação oferecida aos times participantes. A FIFA, como organizadora do torneio, não oferece premiações menores para as mulheres porque as valoriza menos, mas sim porque a competição feminina ainda não atingiu o mesmo patamar de popularidade e investimento que a masculina.

No entanto, é encorajador notar que a FIFA tem tomado medidas para corrigir essa discrepância. Apesar do faturamento muito menor da Copa do Mundo Feminina em relação à masculina, a premiação oferecida às seleções femininas representa uma porcentagem significativa do total arrecadado. A FIFA tem demonstrado um compromisso em promover a igualdade de gênero no esporte, aumentando gradualmente a premiação para a competição feminina.

Ainda há muito a ser feito para alcançar a verdadeira igualdade entre as duas competições, mas o progresso é notável. Com o crescente interesse e apoio ao futebol feminino em todo o mundo, espera-se que a disparidade no faturamento diminua com o tempo, resultando em premiações mais equilibradas.

A diferença nas premiações entre a Copa do Mundo Masculina e Feminina, portanto,  está diretamente ligada ao faturamento das competições e reflete a disparidade de investimento e interesse no futebol feminino. A FIFA tem dado passos em direção à igualdade de gênero, aumentando as premiações para a competição feminina, e com o contínuo crescimento do futebol feminino, espera-se que essa desigualdade diminua no futuro. O caminho para a igualdade é longo, mas o esporte tem o poder de unir e inspirar, independentemente do gênero, e é fundamental continuar promovendo e apoiando o futebol feminino em todo o mundo.

Crédito imagem: Federação Espanhola/Divulgação

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