O presidente da Federação Internacional de Basquetebol (FIBA), Hamane Niang, se afastou do cargo após a abertura de investigações para apurar acusações de assédio sexual de jogadoras malianas durante os anos 2000.
Hamane Niang é acusado de ignorar dezenas de relatos de assédio sexual dentro da Federação de Basquete de Mali durante seu mandato à frente da entidade, entre 1999 e 2007. Segundo testemunhas, o dirigente não se envolveu diretamente em casos de abuso, mas chegou a presenciar alguns e não fez nada para evita-lo.
As denúncias se tornaram públicas após uma matéria do ‘New York Times’ em 10 de junho. De acordo com a ONG Human Rights Watch, o caso de assédio sexual envolve 12 treinadores e funcionários da federação e tem 100 jogadoras como vítimas, a maioria adolescente.
Três malianos – o treinador Amadou Bamba, o técnico Oumar Sissoko e funcionário Hario Maiga – foram suspensos de todas as atividades da FIBA durante a investigação ordenada pelo órgão de controle.
Niang “nega veementemente” que sabia dos casos de assédio dentro da federação e afirma que vai cooperar totalmente com as investigações. Em nota, a FIBA ressalta que tem “zero tolerância com casos de assédio e abuso e estende suas condolências a todas as vítimas”.
A investigação será conduzida pelo diretor de integridade da FIBA, Richard McLaren. O jurista canadense também participou da descoberta do escândalo de doping na Rússia.
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