O presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, disse que não vê problema com a entrada de fundos soberanos e dinheiro vinculado ao Estado para o futebol, desde que as regras financeiras do esporte não sejam desrespeitadas.
O tema da conversa foi esse por conta da recente oferta que um fundo da Arábia Saudita fez para comprar o Newcastle United, da Inglaterra. No entanto, a oferta não vingou e foi retirada no início do mês passado.
O consórcio citou a demorada análise feita pela Premier League como um dos motivos para a desistência do negócio. Com um concorrente a menos, o Newcastle negocia atualmente com o Bellagraph Nova Group (BNG).
Em uma entrevista à Reuters, Ceferin foi questionado sobre a participação dos fundos ou recursos vinculados ao Estado no futebol.
“Se estiver dentro do regulamento, não estou preocupado. Uma vez que distribuímos quase 90% de todo o dinheiro de volta às federações e clubes, adoraria ter ainda mais receitas, porque é bom para o desenvolvimento do futebol”, afirmou o presidente da UEFA.
Atualmente, diversos clubes da europa já são administrados por fundos ou empresas, como o PSG (Qatari Sports Investments) e Manchester City (Abu Dhabi United Group) que são exemplos desse modelo.
Ceferin disse que a UEFA conta com o investimento no esporte para redistribuir recursos em todo o continente europeu.
“É preciso saber que, sem a distribuição dos recursos pela UEFA, cerca de 50 de 55 federações estariam falidas e as crianças não poderiam jogar nesses países. Portanto, para nós é muito importante permitir que os investimentos venham, mas dentro do regulamento tendo em mente o Fair Play financeiro e o equilíbrio competitivo”, concluiu o presidente.
Recentemente, o Manchester City foi punido pela UEFA justamente por desrespeitar o fair play financeiro, porém o CAS reverteu a decisão.
Crédito imagem: UEFA/Divulgação
Nos siga nas redes sociais: @leiemcampo