Em entrevista à imprensa nesta terça-feira (18), o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, sinalizou que conta com o apoio da maioria dos países que formam a Organização das Nações Unidas (ONU) para que Rússia e Belarus, aliados na guerra da Ucrânia, participem das Olimpíadas de Paris 2024.
“Faremos tudo para cumprir a nossa missão, que é unir os atletas do mundo todo em uma competição pacífica. E está em andamento. As federações estão levando em conta, trabalhando ativamente, nas recomendações que emitimos. Russos e belarussos estão participando dos eventos como atletas individuais “neutros”. Russos e belarussos estão respeitando, deixando claro que querem competir contra os melhores do mundo. Tivemos apoio do G7, da França, da Itália, dos EUA… 120 dos 193 países da ONU aprovaram a resolução. Estamos sendo apoiados e encorajados para cumprir nossa missão de unir o mundo ao invés de dividi-lo. Estamos confiantes de que poderemos cumprir a missão daqui a um ano. Estamos monitorando a situação no campo de jogo, vendo se as regras e condições estão sendo respeitadas por todos para, no último estágio, tomar as decisões. Estamos focados na missão, fazendo o melhor que podemos, para não discriminar nenhum atleta, para construirmos pontes e não muros”, disse o dirigente.
Bach disse que os atletas russos e bielorrussos não deveriam ser penalizados pelos atos de seus governos.
“Temos a responsabilidade de não punir atletas pelos atos de seus governos. E os atletas de todo o mundo que nos apoiam neste quesito, sempre expressam o mesmo. (…) Dois relatores da ONU deixaram claro que não podemos discriminar ninguém por causa de seu passaporte. E o caminho que escolhemos com a definição de atletas individuais neutros, seria um passo na direção correta. Por este motivo, temos o apoio da maioria dos comitês olímpicos”, declarou.
Desde o início da guerra da Ucrânia, em fevereiro de 2022, Rússia e Belarus enfrentam diversas sanções esportivas do COI. Por conta disso, a participação de atletas desses países nos Jogos Olímpicos do ano que vem é uma das principais pautas.
Crédito imagem: COI/Divulgação
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