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Presidente do Grêmio pede empatia e defende paralisação do Brasileirão por cheias no RS: “situação é muito grave”

O presidente do Grêmio, Alberto Guerra, concedeu uma entrevista ao SporTV nesta terça-feira (7). O dirigente pediu empatia aos outros clubes do Campeonato Brasileiro e afirmou que a competição deveria ser paralisada temporariamente por conta das enchentes que atingem o Rio Grande do Sul.

Guerra entende que há ignorância sobre a real condição do estado. O presidente gremista alertou que a tragédia é maior do que qualquer descrição que ele faça, chamando a atenção especialmente para a situação do Vale do Taquari.

“Eu não gosto de pessoalizar essas situações [falta de empatia], entendo que é falta de conhecimento, de informação. Acho que as pessoas podem entender que é algo passageiro, um incômodo e não a tragédia que estamos tentando demonstrar. É muito pior do que eu consigo descrever. E não é isolado. Dois terços do Rio Grande do Sul estão cobertos de água. Cidades inteiras foram riscadas do mapa, no Vale do Taquari. Porto Alegre é pouca coisa se comparado com o que aconteceu ali”, disse.

Na visão de Guerra, o Campeonato Brasileiro deveria ser paralisado por pelo menos uma rodada.

“Tive a oportunidade de acompanhar os jogos do final de semana com a situação acontecendo e não consegui ver os jogos porque não estava confortável vendo uma expressão alegre da cultura brasileira, que é o futebol, enquanto tem gente saindo de casa, morrendo, perdendo tudo – e em grandes proporções. […] Eu sou da opinião que devia parar uma rodada, pelo menos, talvez duas. Claro que a vida vai continuar. Mas, no momento, a situação é muito grave”, declarou o presidente tricolor.

O presidente gremista entende que os dirigentes reticentes à medida (de paralisar o Brasileirão) desconhecem o que realmente está acontecendo no sul do país.

“Alguns clubes já se demonstraram favoráveis à paralisação do campeonato. Outros, não. E não quero nominar. Acho que é a falta de conhecimento. Acho que, se todos os presidentes estivessem na nossa posição [aqui no RS], estariam pensando a mesma coisa. O problema é que não estão e não conseguem ter a verdadeira dimensão. Mas alguns se demonstraram favoráveis. Outros silenciaram. Outros estão mais reticentes. Falta muito para melhorar. Eu acho que serão três etapas: salvamento, ação humanitária e reconstrução. E a gente ainda está no patamar do salvamento. Não tem como pensar em outra coisa além disso”, encerrou o dirigente.

Também nesta terça-feira, a CBF adiou os jogos envolvendo clubes gaúchos em todas as competições nacionais até 27 de maio.

Crédito imagem: Grêmio/Divulgação

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