A Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) denunciou o Atlético-MG pelos episódios de violência ocorridos na final da Copa do Brasil, contra o Flamengo, na Arena MRV. O clube mineiro foi enquadrado nos artigos 211 e 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), e pode perder até 10 mandos de campo.
O órgão pede que, até o julgamento do caso – sem data prevista –, a Arena MRV seja interditada, e que o Atlético-MG dispute seus jogos como mandante em outro estádio e com portões fechados (sem público).
“As gravíssimas falhas do clube mandante ao não prevenir e conter imediatamente os atos de violência e de enorme desordem […] corroboram a existência de risco concreto, que somente será afastado quando houver a comprovação da tomada de medidas logísticas, estruturais, administrativas e disciplinárias necessárias para fins de manutenção da segurança do estádio”, diz um trecho do documento.
Na denúncia de 17 páginas, ilustrada com imagens das cenas de selvageria, os procuradores Paulo Dantas, Mariana Andrade Rabelo, Eduardo Araújo e João Marcos Siqueira citam o arremesso de quatro bombas ao campo durante a partida – incluindo uma que atingiu o fotógrafo Nuremberg Maria José, de 67 anos, que foi ferido no pé e precisou passar por cirurgia.
Os procuradores também citam como um “fato que corrobora a incapacidade da organização em garantir a segurança da partida” o fato de torcedores terem apontado laser nos olhos do goleiro do Flamengo, Rossi, ao longo de toda partida.
A denúncia será analisada pelo presidente do STJD, Luis Octavio Veríssimo.
Crédito imagem: Getty Images
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