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Punição imposta pela FIFA vira problema extra ao Corinthians para compra de Hugo Souza

Nesta quinta-feira (31), a FIFA proibiu o Corinthians de contratar novos jogadores pelas próximas três janelas de transferências, ou seja, até o início de 2026. A punição, conhecida como transfer ban, foi aplicada ao Timão em razão de uma dívida milionária com o zagueiro Fabián Balbuena.

O transfer ban aplicado pela entidade máxima do futebol passa a ser um problema a mais para o Corinthians na tentativa de compra do goleiro Hugo Souza, que pertence ao Flamengo. O Alvinegro tem até 30 de novembro para exercer a opção de compra do jogador junto ao Rubro-Negro, mas, para que isso aconteça, agora será preciso derrubar a punição imposta pela FIFA.

“O Corinthians não poderá registrar qualquer atleta durante o período de três janelas. Embora o termo transfer ban sugira que a proibição é a de transferir atletas, na verdade, trata-se de uma proibição de registrá-los; essa é uma diferença importante. O Timão poderá reduzir esse prazo e liberar o registro de atletas caso realize o pagamento ou consiga fechar um acordo com o credor para um eventual parcelamento do pagamento. Uma vez realizada uma dessas opções, o Corinthians comunica à FIFA e é liberado”, explica a advogada Fernanda Soares, especialista em direito desportivo.

Elthon Costa, advogado especializado em direito desportivo, diz que, sem condição de jogo, o jogador poderia pedir a rescisão contratual.

“Entendo que o clube precisa resolver a questão da impossibilidade de registro do atleta, sob pena de ele rescindir o contrato por justa causa, com direito ao recebimento da multa e indenização por dano moral, já que o clube deu causa à sua incapacidade de atuar. O atleta não pode ficar à disposição do clube sem trabalhar, pois tal ócio forçado (sem falar na ‘perda de uma chance’) não seria por ‘força maior’, mas sim causado pela conduta do clube, que negligenciou pagamentos de outro atleta”, avalia.

A dívida do Corinthians com Balbuena gira em torno de R$ 6,9 milhões em direitos de imagem. Deste montante, R$ 1,9 milhão é diretamente com o jogador, e outros R$ 4,3 milhões com a empresa da qual ele é sócio, a The General Sports Ltda.

Em entrevista à ESPN Brasil, horas antes da partida contra o Racing-ARG, pela Sul-Americana, o executivo de futebol do Corinthians, Fabinho Soldado, disse que o caso será totalmente resolvido ainda nesta semana.

“Eu tive uma conversa com os departamentos financeiro e jurídico. É claro que esse assunto é muito mais deles. Esta semana, tudo isso será resolvido (…) É importante termos as informações corretas que nos passaram, e estamos bem tranquilos nesse caso”, afirmou o dirigente.

Balbuena, de 33 anos, teve duas passagens pelo Corinthians: a primeira entre 2016 e 2018, quando foi bicampeão paulista (2017 e 2018) e campeão brasileiro (2017), e a segunda entre 2022 e 2023, emprestado pelo Dínamo de Moscou (Rússia). Ao todo, o zagueiro disputou 167 partidas e marcou 15 vezes.

Explicando o transfer ban

O transfer ban é uma sanção prevista no artigo 15 do Código Disciplinar da FIFA, aplicada quando o clube descumpre, integral ou parcialmente, uma decisão de natureza econômica emitida por um órgão da FIFA ou pela Corte Arbitral do Esporte (CAS). A principal consequência da sanção é impedir que clubes inscrevam novos jogadores em competições de âmbito nacional e internacional.

Quando o clube devedor paga o valor em aberto, o credor é acionado pela FIFA para apresentar o comprovante. Assim que os documentos forem evidenciados, o clube, anteriormente devedor, pode solicitar à entidade a suspensão do transfer ban e garantir a possibilidade de registro de jogadores novamente.

É importante destacar que, caso o tempo máximo de punição seja alcançado (três janelas de transferências) e o clube devedor não quite a pendência financeira, as punições podem ser ainda mais rígidas, gerando desde perda de pontos em campeonatos locais até mesmo o rebaixamento de divisão.

Crédito imagem: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

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