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Punições ao Santos vão piorar à medida que dívidas não forem pagas

O Santos sofreu nova punição da Fifa, agora pelo não pagamento ao Huachipato-CHI, pela contratação do atacante Soteldo e não poderá registrar novos jogadores nas próximas três janelas de transferências por causa da dívida de US$ 3,5 milhões (aproximadamente R$ 20 milhões). Ao somar com a dívida já existente com o Hamburgo-ALE, de R$ 30 milhões, pela contratação do zagueiro Cléber, o Peixe tem quase R$ 50 milhões em débitos. Embora o clube tenha afirmado que trabalha para quitar os valores, enquanto isso não acontecer, o risco de novas punições aumenta.

“Essas punições disciplinares só vão acontecendo na medida que os prazos para o pagamento são descumpridos. Antes do rebaixamento tem a perda de pontos, como aconteceu com Cruzeiro. Pouco provável o rebaixamento. Mas é uma possibilidade”, analisa o advogado Gustavo Souza.

O time mineiro não conseguiu honrar os pagamentos referentes à dívida com o Al Wahda, pelo empréstimo de seis meses do volante Denilson.

“O Santos está impossibilitado de fazer qualquer novo registro de atleta, independente da natureza da transação”, afirma Eduardo Carlezzo, advogado que defende o Huachipato na ação no Tribunal Arbitral do Esporte.

A dívida que gerou a punição é referente apenas aos 50% dos direitos federativos de Soteldo, adquiridos em janeiro de 2019. O caso sobre os outros 50% ainda não foi julgado pela Fifa. No contrato, há uma cláusula que determina que caso o Santos recusasse uma proposta pela compra dos 50% avaliados em US$ 6 milhões, o Santos teria que quitar esse valor com o Huachipato. No início do ano, o clube rejeitou uma proposta do Atlético-MG neste valor, mas não efetuou o pagamento para o clube chileno.

A nota oficial do Santos não fala em recurso. Mas se quiser, o Peixe ainda pode tentar uma última cartada.

“Tem uma possibilidade muito estreita de tentar reverter a decisão do Tribunal Arbitral do Esporte que é Tribunal Constitucional da Suíça, que é o equivalente ao nosso STF. O [centroavante peruano Paolo] Guerrero conseguiu jogar a Copa do Mundo graças a uma liminar com base em uma decisão deste tribunal. Para ter sucesso neste tribunal o Santos teria que ter que comprovar parcialidade da decisão ou algum tipo de vício defeito procedimental. Ou, como o Guerrero, indícios de violação de direito fundamental. A situação do Santos é bem complicada do ponto de vista jurídico. Não sei se ele consegue resolver isso fácil”, finaliza Gustavo Souza.

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