Durante o segundo tempo da partida entre Tottenham-ING e Chelsea-ING, válida pelas oitavas de final da Copa da Liga Inglesa, o volante Eric Dier disparou em direção a linha lateral do campo. Mas o objetivo não era recuperar a bola e sim correr para o vestiário para atender a um “chamado da natureza”.
“Para sair de campo, basta pedir autorização ao árbitro. Para voltar ao campo, também precisa pedir autorização”, explica Renata Ruel, ex-árbitra e colunista do Lei em Campo.
A previsão está na Regra 3 no Livro de Regras do Futebol, estabelecido a partir das determinações da IFAB (International Football Association Board), órgão que regulamenta as regras do futebol.
No item 8, o documento descreve que “se um jogador que precisa de autorização do árbitro para regressar ao campo, regressar sem sua autorização, o árbitro deve: interromper o jogo (mas não imediatamente, se o jogador não interferir no jogo ou em um oficial de arbitragem ou se uma vantagem puder ser concedida); advertir o jogador com cartão amarelo por ter entrado no campo de jogo, sem a sua autorização”.
Se o árbitro interromper o jogo, seu reinício deve ser com um tiro livre direto, executado do local da interferência; com um tiro livre indireto executado do local em que a bola se encontrava no momento da interrupção, se não houver interferência.
“Eu acho que qualquer pessoa pode imaginar [o que aconteceu]. Estou bem. Não tem nada que eu possa fazer a respeito. Quando você tem de ir, você tem de ir. Para algumas coisas, você não pode parar”, disse Dier.
A imagem dele correndo pelo túnel e depois sendo buscado pelo técnico José Mourinho rodou o mundo. Mas está longe de ser um caso isolado.
Nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, Ronaldo Fenômeno sentiu vontade de ir ao banheiro e aliviou a bexiga durante a partida contra a Hungria. Outros casos clássicos são do zagueiro Sérgio Ramos, em jogo do Real Madrid, e do ex-atacante inglês Gary Lineker, na Copa do Mundo da Itália, em 1990, na partida contra a Irlanda.
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