A Federação Paulista de Futebol (FPF) anunciou, no começo deste mês, uma importante iniciativa em defesa dos direitos humanos. Em uma ofensiva contra o aumento dos casos de racismo, violência de gênero e crimes de intolerância, a entidade lançou o Comitê de Diversidade e Inclusão.
Encabeçado pelo vice-presidente da FPF, Mauro Silva, o Comitê visa colocar em prática ações que vão além de campanhas publicitárias, traçar metas e tornar o ambiente do futebol paulista mais inclusivo, democrático e respeitoso.
“Essa é uma excelente iniciativa da FPF, que além de estar de acordo com Agenda 2030, demonstra a importante função social do futebol para a materialização da dignidade humana. Registro que o Comitê surge em um triste momento, de crescente casos de preconceitos no futebol, mas que já tem um grande papel de reconhecer, dar luz, conscientizar e incluir as ‘minorias’ para o bom desenvolvimento da sociedade. Ganha o futebol, ganha o esporte, ganha a sociedade, ganham as pessoas! Que está iniciativa propague paras as demais modalidades e reverbere à toda a sociedade”, afirma Alessandra Ambrogi, advogada especialista em direito desportivo.
“Nós acreditamos no papel social, pedagógico e conscientizador do futebol, e infelizmente há uma crescente de casos de racismo, homofobia, misoginia, xenofobia e crimes de ódio no futebol sul-americano e brasileiro. Este comitê nasceu da necessidade de se debater o assunto, colocar em prática ações que vão muito além de campanhas publicitárias, traçar metas e colaborar com um ambiente mais inclusivo, democrático e respeitoso no futebol paulista”, disse Mauro Silva.
A primeira reunião do Comitê foi realizada em 21 de outubro. No encontro, houve a apresentação dos membros, um levantamento dos crimes recentes registrados pelo Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP) nas competições paulistas, ações de marketing realizadas pela FPF, e a troca de ideias e propostas.
Além de Mauro Silva, alguns dos nomes que integram o Comitê de Diversidade e Inclusão são: Marcelo Carvalho, diretor executivo do Observatório da Discriminação Racial no Futebol; Isabela Castro de Castro, conselheira estadual da OAB-SP e presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB-SP; Sarah Hakim, representante da Caasp (Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo, da OAB); Mizael Conrado, presidente do CPD (Comitê Paralímpico Brasileiro); Cristiane Rozeira, atacante do Santos e com longa passagem pela Seleção Brasileira; Gustavo Delbin, vice-presidente de Registro, Transferências e Licenciamentos da FPF; e Larissa Guerreiro, gerente de marketing da FPF.
Ao Lei em Campo, Marcelo Carvalho ressaltou que esse é um “passo importante no pensar do combate ao racismo e inclusão a promoção da diversidade nos espaços de comando do futebol”.
“Esse comitê foi criado para desenvolver ações que possam combater o racismo cada vez mais presente no futebol, ter essa iniciativa na Federação do principal campeonato estadual do país com certeza vai incentivar que clubes se envolvam ainda mais na luta contra a discriminação racial. Mas importante pensar a questão para além do combate aos casos nos estádios, precisamos criar oportunidades para negros e negras estarem nos espaços de gestão do futebol”, acrescentou.
Crédito imagem: Federação
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