A Eurocopa não terminou da maneira que os ingleses imaginavam. Após perder o título da competição para a Itália nos pênaltis, os jogadores da Inglaterra que erraram as cobranças – Rashford, Sancho e Saka – foram alvos de ataques racistas nas redes sociais. Diferentes perfis encheram os comentários de algumas publicações dos atletas com emojis de macaco, banana e mensagens com teor discriminatório.
Durante a madrugada dessa segunda-feira (12), a Federação Inglesa de Futebol (FA) divulgou um comunicado, condenando o abuso racista online contra os jogadores.
“A FA condena fortemente todas as formas de discriminação e está chocada com o racismo online que tem se dirigido a alguns de nossos jogadores da Inglaterra nas redes sociais. Não poderíamos deixar mais claro que alguém por trás de tal comportamento nojento não é bem-vindo na torcida da equipe. Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para apoiar os jogadores afetados e, ao mesmo tempo, pedir as punições mais duras possíveis para todos os responsáveis”, escreveu.
A UEFA, organizadora da Eurocopa, também condenou os ataques.
“A UEFA condena veementemente o nojento abuso racista dirigido a vários jogadores ingleses nas redes sociais após a final do EURO, que não tem lugar no futebol ou na sociedade. Apoiamos os jogadores e o apelo da FA Inglesa às punições mais fortes possíveis. #EqualGame#Respect”, postou a entidade em seu Twitter.
O primeiro-ministro da Inglaterra, Boris Johnson, foi outro a se manifestar.
“Os jogadores da equipa inglesa merecem serem tratados como heróis, não (vítimas de) insultos racistas nas redes sociais. Os responsáveis por este terrível abuso deveriam envergonhar-se”, escreveu o político em uma rede social.
Infelizmente esse tipo de situação se tornou comum na Inglaterra. Em maio, a FA apelou ao governo britânico para que se mude a legislação imediatamente para forçar as redes sociais a tomarem medidas contra insultos online, que nos últimos meses fizeram diferentes alvos.
Para chamar a atenção para a gravidade da situação, a federação, juntamente dos clubes do futebol inglês e ligas se juntaram para realizar um boicote das redes sociais de 30 de abril a 3 de maio.
Sobre o caso de ontem, a polícia de Londres disse estar ‘investigando’ as publicações tentando localizar os responsáveis por elas.
Crédito imagem: Reuters
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