A FIFA segue lutando para neutralizar os ataques do perigoso jogador Covid-19. A entidade máxima do futebol mundial publicou o “Covid-19: cuestiones regulatorias relativas al fútbol – preguntas frecuentes”¹, segundo diploma relativo ao período de pandemia, contendo esclarecimentos de questões abordadas na primeira edição e outras temáticas, com novas diretrizes.
Uma das regras sobre inscrição e elegibilidade do Regulamento sobre o Status e Transferência de jogadores que visa proteger a ordem e integridade desportiva, a regra 3/2, ganhará nova versão. Originalmente, os jogadores só podem ser inscritos por no máximo três clubes durante uma temporada, mas só poderão disputar partidas oficiais por apenas dois. Portanto, o jogador pode iniciar a temporada por um clube e não jogar por ele nenhuma partida oficial, fazendo até duas transferências na mesma temporada e podendo jogar efetivamente por estes dois novos clubes.
A única exceção é para o jogador que seja inscrito por clubes que têm temporadas que se cruzam, ou seja, enquanto uma temporada começa no início do ano, como é o caso do Brasil, a outra começa no meio do ano e vai até o meio do outro ano, como é o caso de muitos países europeus. Neste caso, o atleta pode estar e disputar partidas por até três clubes, desde que respeitadas as questões contratuais e os períodos de inscrição. É importante frisar que a regra não conta para as competições estaduais Brasil.
Mas com a pressão do novo coronavírus, que causou um colapso nas temporadas de muitos países do sistema FIFA, com o reagendamento do final das competições afetadas e, naturalmente, o atraso do início da próxima temporada, a FIFA decidiu alterar a norma que estabelece o limite 3/2.
Para as temporadas 2019/2020 e 2020/2021, caso sejam disputadas duas competições em dois anos diferentes, ou apenas para a temporada 2020, caso sejam disputadas no mesmo ano, os jogares poderão estar inscritos e também jogar partidas oficiais por três clubes distintos.
A mudança foi vista como uma grande jogada por Ron Hood, sendo digna da regra dos 3 na sobrevivência. De acordo com a lição do instrutor de sobrevivência, “3 segundos sem atenção é o suficiente para poder acontecer uma situação que poderia ser evitável; 3 minutos sem ar é o tempo médio que o ser humano pode aguentar sem respirar; 3 horas exposto é o tempo médio que o ser humano leva a sentir os efeitos dos elementos(frio ou Calor), 3 dias sem água é o tempo médio que o homem pode conseguir aguentar sem consumir água e 3 semanas sem comida é o tempo médio que o ser humano consegue aguentar sem comer”², e 3 clubes é o limite aceitável para que os jogadores, clubes e o próprio futebol sobrevivam em período de pandemia.
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² https://www.sed-international.net/PT/SOBREVIVENCIA/CONSELHOS/REGRA%20DOS%203/index.html