No cenário atual do futebol brasileiro, muitos clubes tradicionais enfrentam o desafio de um calendário esportivo limitado, especialmente no segundo semestre.
Uma solução promissora reside na criação de ligas e competições próprias, um caminho legalmente viável segundo a Lei Pelé e a Lei Geral do Esporte.
Esta autonomia poderia não apenas revitalizar suas atividades, mas também reacender suas ricas tradições esportivas.
O Santa Cruz de Pernambuco, liderado por Bruno Rodrigues, propôs recentemente uma inovadora liga para o segundo semestre, envolvendo equipes que atualmente não têm divisão nacional.
Este torneio visaria manter os clubes ativos, engajados com suas bases de fãs, e garantir a sustentabilidade operacional ao longo do ano.
Além do Santa Cruz, a liga poderia incluir uma seleção diversificada de clubes com históricos ricos e significativos:
- São Caetano: Vice-campeão da Libertadores em 2002.
- Joinville: Maior campeão do estado de Santa Catarina com 12 títulos.
- América-RJ e Bangu: Tradicionais do Rio, com participações memoráveis no Campeonato Brasileiro.
- Portuguesa-RJ e Villa Nova-MG: Clubes com uma história rica no futebol regional.
- Campinense-PB: Campeão da Copa do Nordeste em 2013.
- Paraná Clube: Participou da Série A do Brasileirão e tem uma base de fãs consolidada.
- Paulista de Jundiaí: Campeão da Copa do Brasil em 2005.
- Santo André: Campeão da Copa do Brasil em 2004.
- RB Brasil: Suportado por uma multinacional de bebidas energéticas, o clube tem uma estrutura moderna e ambiciosa.
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Além desses, clubes como Nacional de Manaus, Fast Clube, Operário de Várzea Grande (MT), Misto de Três Lagoas (MS), Desportiva, Rio Branco do Espírito Santo, Juventus da Mooca e Americano de Campos também poderiam participar.
Esta liga traria várias vantagens, desde aumentar a visibilidade dos clubes até gerar novas receitas:
- Transmissão e Visibilidade: Com jogos transmitidos por canais de TV e plataformas de streaming, os clubes aumentariam sua exposição nacional e acessibilidade para os fãs.
- Naming Rights e Patrocínios: Oportunidades para acordos de naming rights e atração de patrocinadores seriam viáveis, trazendo receitas significativas.
- Vitrine para Jogadores: A liga manteria os atletas em atividade, servindo como uma vitrine para talentos e facilitando transferências.
- Eventual Oficialização: A longo prazo, a liga poderia buscar oficialização, com a inclusão de uma vaga na Série D do Campeonato Brasileiro para o campeão.
Não seria a primeira competição alternativa ou independente do Brasil.
Veja:
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Copa Paulista: Organizada pela FPF, oferece ao campeão a escolha entre uma vaga na Copa do Brasil ou na Série D, demonstrando um modelo bem-sucedido de competição regional.
- Taça das Favelas: Grande sucesso no futebol amador, ganhando patrocínio e atenção mediática, mostrando o potencial de competições fora do sistema tradicional.
- Primeira Liga: Iniciada por clubes do Sul e Minas Gerais, representou uma tentativa de criar uma liga com apelo comercial e técnico maior.
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Super Copa Nordeste: Tentou reunir clubes do Nordeste em um formato inovador, embora de curta duração.
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Copa do Nordeste: O exemplo de maior sucesso.
Essa iniciativa não só garante a continuidade das operações durante todo o ano, mas também oferece uma nova esperança para a revitalização do futebol.
Com tantos clubes históricos e capazes, o Brasil realmente possui mais equipes tradicionais do que oportunidades nas suas divisões nacionais.
Esta liga pode ser o caminho para mudar essa realidade, trazendo de volta a glória para muitos clubes atualmente esquecidos.
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