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Relator do STJD conclui inquérito, e sugere punição histórica a John Textor, dono da SAF Botafogo, por provas “imprestáveis”

Na tarde desta sexta-feira (5), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) liberou o relatório no qual apurou as denúncias feitas por John Textor, dono da SAF do Botafogo, por um suposto esquema de manipulação de resultados no futebol brasileiro.

O documento, de cerca de 50 páginas, trata como “imprestáveis” as provas apresentadas pelo empresário norte-americano, e concluiu que as ações configuram ilícitos desportivos contra a honra de sete entidades desportivas, nove atletas e nove árbitros. Além disso, “foram constatadas infrações contra a ética desportiva e a motivação pessoal na solicitação da instauração do inquérito”.

O relatório, assinado por Mauro Marcelo de Lima e Silva, presidente do inquérito e auditor do Pleno do STJD, sugere que Textor seja suspenso por seis anos e receba uma multa de R$ 2 milhões – essa seria a maior punição imposta na história do tribunal.

O relatório foi encaminhado para a Procuradoria do STJD, que definirá se denuncia ou não Textor.

Confira a decisão do STJD sobre Textor:

“O inquérito instaurado para apurar as denúncias do dono da SAF Botafogo, John Textor, de manipulação de resultados em partidas do Campeonato Brasileiro foi concluído e liberado nesta sexta, 5 de julho, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol. Presidido pelo auditor do Pleno, Mauro Marcelo de Lima e Silva, o relatório conclusivo conta com mais de 50 páginas e indica como “imprestáveis” as provas apresentadas por Textor, além de destacar ilícitos desportivos praticados pelo sócio majoritário do Botafogo contra atletas, clubes e árbitros. A conclusão foi encaminhada para a Procuradoria da Justiça Desportiva.

Sem apresentar provas e, com base em uma empresa de inteligência artificial, John Textor publicou texto em 01º de abril de 2024 afirmando que o jogo entre e Palmeiras e São Paulo, realizado em outubro de 2023, foi manipulado por ao menos cinco jogadores do São Paulo.

As denúncias de John Textor foram contestadas no STJD do Futebol por representações feitas por Palmeiras, São Paulo, Associação de atletas e dos árbitros e gerou o pedido de abertura de inquérito feito pela Procuradoria.

O inquérito de número 121/2024 foi presidido pelo Auditor Mauro Marcelo de Lima e Silva. Durante o inquérito, John Textor apresentou as “provas irrefutáveis” que alegava possuir. Após uma minuciosa análise, o Auditor processante concluiu que as provas eram “imprestáveis” e configuravam ilícitos desportivos contra a honra praticados por John Textor contra sete entidades desportivas, nove atletas e nove árbitros. Além disso, foram constatadas infrações contra a ética desportiva e a motivação pessoal na solicitação da instauração do inquérito.

Na conclusão do relatório, o Auditor Mauro Marcelo de Lima e Silva descreveu as condutas ilícitas praticadas por John Textor e recomendou a aplicação de penalidades de multa e suspensão, as maiores já propostas na história do STJD. O relatório conclusivo com sugestão de denúncia foi encaminhado para a Procuradoria.”

Crédito imagem: Botafogo/Divulgação

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