Uma investigação independente concluiu, nesta segunda-feira (3), que há erros e omissões da Women’s National Soccer League (WNSL) e da US Soccer Federation (USSF) em prevenir, combater, punir e divulgar casos de assédio e abuso sexual no futebol feminino dos Estados Unidos, incluído as categorias de base. A informação foi divulgada pelo ‘ge’.
A conclusão foi feita pelo Relatório Yates em caso um ano de investigação. Segundo o documento, existe uma liga em que “abuso verbal e emocional e má conduta sexual se tornaram sistêmicos, alcançando múltiplos times, técnicos e vítimas”.
“O abuso na NWSL é enraizado em uma cultura profunda no futebol feminino, começando nas ligas juvenis, que normaliza a verbalização de abusos por treinadores e confunde os limites entre treinadores e jogadoras”, diz um trecho do relatório.
Em outubro do ano passado, após a revelação dos abusos cometidos pelo então técnico do North Carolina Courage, Paul Riley, contra as jogadoras Meleane Shim e Sinead Farrelly, uma investigação sobre as alegações de comportamento abusivo e má conduta sexual no futebol feminino dos EUA foi aberta.
O relatório apontou ainda que os assédios sistêmicos na liga não foram apenas de ordem sexual, incluindo ainda casos de jogadoras que sofreram abuso verbal e emocional de treinadores. Um dos exemplos citados foi do treinador Rory Dames contra jogadoras do Chicago Red Stars.
“Ouvimos relato após relato de tiradas implacáveis e degradantes, manipulação sobre poder, e não para melhorar o desempenho, e retaliação contra aquelas que tentaram se apresentar”, diz o relatório.
Três times da NWSL – Portland Thorns, Chicago Red Stars e Racing Louisville – são acusados no documento de não cooperar totalmente com a investigação. A NWSL e a USSF também foram criticados por não terem tomado as atitudes apropriadas mesmo tendo ciência dos casos.
Crédito imagem: Ande Mead/ISI Photos/Getty Images
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