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Relatório da FIFPro aponta que Copa do Mundo de 2022 teve quase 20 mil postagens ofensivas contra jogadores

Um relatório produzido pelo Sindicato Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol (FIFPro), divulgado neste domingo (18), apontou que a Copa do Mundo de 2022, realizada no Qatar, teve quase 20 mil conteúdos ofensivos nas redes sociais contra jogadores que disputaram o Mundial.

De acordo com o documento, foram identificados 19.636 postagens e/ou comentários ofensivos destinados aos atletas. A partida entre Inglaterra e França, pelas quartas de final, foi a que registrou o maior pico.

Além disso, também se verificou no relatório a origem destes conteúdos: 38% da Europa e 36% da América do Sul. Os países dos dois continentes somam um total de 74% dos conteúdos.

“A discriminação é um crime. Nós estamos identificando os agressores e denunciando-os às autoridades para que sejam punidos por seus atos. Também esperamos que as plataformas das redes sociais aceitem sua responsabilidade e nos apoiem na luta contra todas as formas de discriminação. Nossa posição é clara: nós dizemos não à discriminação” disse o presidente da FIFA, Gianni Infantino.

O estudo foi possível graças a utilização da Inteligência Artificial, uma ferramenta da FIFA chamada Serviço de Proteção das Redes Sociais (SMPS). A coleta de conteúdos discriminatórios foi resultado de uma varredura de mais de 20 milhões de postagens e comentários nas redes sociais: Facebook, Instagram, TikTok, Twitter e YouTube.

Segundo o documento, um total de 286.895 comentários foram ocultados do público antes que o destinatário ou seus seguidores pudessem ver o conteúdo.

A FIFA informou que mais de 300 pessoas foram identificadas e que vai compartilhar todas as informações com autoridades para que sejam tomadas medidas necessárias.

“A FifPro e a Fifa darão continuidade à sua colaboração para estabelecer o mesmo serviço na Copa do Mundo Feminina na Austrália e Nova Zelândia. Mas nós não podemos fazer isto sozinhos. Nós precisamos que todas as partes interessadas cumpram o seu papel”, disse o presidente da FIFPro, David Aganzo.

Crédito imagem: Getty Images

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