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Relatório final da Anistia Internacional aponta que existe abusos “em escala significativa” no Catar a poucos dias para a Copa do Mundo

A Anistia Internacional, organização não governamental destinada à proteção dos direitos humanos no mundo, divulgou nesta quinta-feira (20) a conclusão do relatório sobre os preparativos para a Copa do Mundo de 2022. No documento, a entidade diz que abusos persistem no Catar em “escala significativa”, a pouco mais de um mês para o início do torneio. A informação foi divulgada pelo ‘The Guardian’.

“Em última análise, os abusos dos direitos humanos persistem em uma escala significativa hoje”, afirmou a Anistia Internacional.

De acordo com a organização, houve progresso nos últimos cinco anos em relação à proteção dos trabalhadores imigrantes, principalmente após a promoção de medidas por parte do governo do Catar. Porém, ainda há fracas regulamentações e falta de fiscalização. A Anistia Internacional cobra o Catar e a FIFA pela criação de um fundo de compensação financeira aos trabalhadores.

Segundo a AI, o Catar conta atualmente com mais de dois milhões de trabalhadores imigrantes, sendo que centenas de milhares tiveram envolvimento com os projetos ligados à Copa do Mundo.

Por fim, o relatório aponta situações de vulnerabilidade para funcionários das áreas de segurança e trabalho doméstico, com jornada de até 18 horas por dia e sem folga aos finais de semana.

“Milhares de trabalhadores se deparam com problemas como atraso ou não pagamento de salários, negativa de dias de descanso, condições de trabalho inseguras, impossibilidade de troca de trabalho, acesso limitado à justiça. Além disso, milhares de mortes seguem sem investigação”, apontou a organização.

O jornal britânico procurou a FIFA, que declarou que continua em diálogo aberto com a Organização Internacional do Trabalho (IOT), da ONU, e autoridades do Catar sobre iniciativas relacionadas aos trabalhadores imigrantes.

Já o Comitê Supremo de Legado do Catar disse que é motivo de orgulho o legado deixado em relação às leis de trabalho no país.

Crédito imagem: Reuters

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