Renata Ruel e o olhar da especialista!
“O Brasileirão acabou, mas o futebol pelo mundo não para.
Na final épica da Libertadores entre River e Boca, em alguns momentos, principalmente no segundo tempo, foi possível observar o árbitro em alguns lances, principalmente na intermediária defensiva, não marcando algumas faltas e fazendo o sinal de vantagem.
Quando o árbitro aplica uma vantagem e sai o gol, a arbitragem “comemora” – claro que não pelo gol em si, pois não importa quem o fez, mas pelo feeling do árbitro de deixar o lance seguir, tendo calma, não se precipitando na marcação e tendo a leitura de jogo perfeita da jogada. Em River x Boca, nem todas as vantagens concedidas pelo árbitro realmente se caracterizam assim.
A vantagem está prevista na Regra do Jogo, por isso mesmo é relevante saber a diferença entre vantagem e posse de bola. A vantagem caracteriza-se por deixar a jogada prosseguir quando esta puder, por exemplo, se tornar um ataque promissor.
Quando a infração ou falta for cometida próximo à defesa, torna-se mais difícil, porém não impossível, caracterizar-se uma jogada perigosa contra a meta adversária – dessa forma, o ideal é assinalar a infração.
Quando uma equipe mantém a posse de bola após sofrer uma infração, não quer dizer que haja vantagem; na verdade, pode ser que o risco de perder a bola para um adversário seja iminente, a marcação dos jogadores da outra equipe fica acirrada, tornando difícil desenvolver uma jogada efetiva. Sendo assim, é mais seguro marcar a infração, pois nessas situações não se observa vantagem clara.
Uma vantagem pode ser aplicada não somente em uma falta clara, mas também em um impedimento em que a defesa saia claramente jogando sem sofrer riscos – para isso, a leitura de jogo do assistente também se faz necessária. A vantagem tem que ser algo proveitoso para a equipe que sofreu a infração; se isso não ocorre e somente a posse de bola for evidente, o ideal é paralisar o jogo, assinalando a infração.
Há mais aspectos a serem analisados pela regra em relação a uma vantagem, por isso a importância de se conhecer as Regras do Jogo. Aqui no Lei em Campo, o conhecimento é mais importante que a crítica.”
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