A tomada de poder do Talibã no Afeganistão está trazendo inúmeros impactos, principalmente para as mulheres, que estão se sentindo ameaçadas e com medo de perderem seus direitos fundamentais que foram conquistados ao longo dos últimos anos.
A situação é tão tensa que na última quarta-feira (18), Samira Asghari, integrante do Comitê Olímpico Internacional do Afeganistão, fez um apelo via rede social sobre a necessidade da saída de atletas mulheres do país.
“Por favor, as atletas femininas, as treinadoras e sua comitiva precisam de sua ajuda. Devemos tirá-las das mãos do Talibã, sair do Afeganistão, em particular Cabul. Por favor, façam algo antes que seja tarde demais”, pediu.
Na publicação, Asghari marcou as contas do diplomata dos Estados Unidos, Ross Wilson, da equipe americana de basquete 3×3 e do Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos.
Zakia Khudadadi, que seria a primeira mulher afegã a participar de uma Paralimpíada, ficará de fora dos Jogos de Tóquio, marcado para começar já na próxima semana, devido à falta de voos para deixar o país.
“Sou uma mulher afegã e, como representante das mulheres afegãs, peço que me ajudem. Minha intenção é participar dos Jogos Paraolímpicos de Tóquio 2020. Por favor, segure minha mão e me ajude”, disse Khudadadi.
Zakia está dentro de casa, na capital Cabul, e não se sente segura para sair de casa para comprar alguma coisa ou para treinar.
O Lei em Campo ouviu especialistas e contou como o retorno do grupo extremista ao poder ameaça a prática esportiva das mulheres afegãs.
Crédito imagem: Getty Images
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