No esporte, assim como em qualquer negócio, não conhecer, não gerenciar e não monitorar os riscos inerentes ao negócio é negligência, mas, também, irresponsabilidade.
Não existe risco zero! Toda relação profissional é uma relação de risco, seja ela financeira, legal, reputacional, ambiental ou desportiva. Por isso, saber quais pontos são vulneráveis é primordial para a saúde do negócio e, dentro do possível, mitigar o contratempo para que os impactos sejam menores e/ou previsíveis.
Dentro das quatro linhas isso já é comum. Em campo são 11 atletas jogando, além dos jogadores suplentes (das mais diversas posições) aquecendo para que, quando ocorra alguma lesão, cansaço ou estratégia técnica, estes sejam utilizados e consigam sanar alguma necessidade do jogo.
Entretanto, não se vê muito gerenciamento de riscos nas gestões.
Gerenciamento de risco, basicamente, é um conjunto de atividades que visa detectar, gerenciar e controlar as incertezas de uma organização, preparando-a para agir nessas citações e controlando seus impactos. Seu principal papel nas organizações é prevenir e minimizar problemas eventuais que foram constatados, mas que não foram mitigados em tempo.
Como já falamos antes, o esporte, em especial o futebol, no Brasil e no mundo, já deixou de ser apenas esporte. Hoje falamos muito mais ao negócio milionário que se tornou do que apenas os resultados dentro de campo.
Torcedores de todas as idades já estão acompanhando quanto os clubes gastam, ganham, investem em contratações, quantas camisas são vendidas, qual o público nos estádios, etc. Com isso, nada melhor do que ter possibilidades, estas organizadas, analisadas, controladas e, sendo realista, considerando o que pode dar errado para ter uma solução rápida e resolver o problema.
O próprio mercado da bola está se organizado e criando regras que venham a estimular as boas práticas, busca com isso apoiar e investir em clubes e entidades do esporte que estejam comprometidas com compliance. Assim, patrocinadores e parceiros terão o mínimo de segurança de que suas marcas não estarão associadas a escândalos, corrupção ou gestões temerárias.
A gestão de risco é, além de um dos principais pilares de um programa de integridade, um importante passo para que as novas gerações de bons gestores levem a sério o negócio Esporte e usem de todas as variáveis possíveis para controlar e gerenciar os clubes em que trabalham.