A seleção da Nova Zelândia abandonou a partida contra o Catar, nesta segunda-feira (19), em Ritzing, na Áustria. A decisão da equipe de se retirar de campo se deu após o jogador Michael Boxall dizer ter ouvido xingamentos de cunho racial por parte de um adversário.
“Michael Boxall recebeu insultos racistas no primeiro tempo por parte de um jogador catariano. O árbitro não tomou nenhuma medida, motivo pelo qual a equipe decidiu não voltar para a segunda metade”, escreveu a federação da Nova Zelândia em comunicado.
Os neozelandeses venciam por 1 a 0 no Sonnensee Stadium, aos 40 minutos da etapa inicial, quando houve um bate-boca entre os atletas. Os jogadores da Nova Zelândia se mostraram particularmente irritados com o adversário Yusuf Abdurisag.
Não foi divulgado o teor dos insultos cometidos por Yousuf. A suspeita é que faria referência à origem Boxall, que é descendente de família samoana.
O capitão Joe Bell conversou por longo tempo com o árbitro austríaco Manuel Schüttengruber, sem sucesso em suas reivindicações. No intervalo, ele foi o responsável por avisar ao técnico do Catar, o português Carlos Queiroz, que não haveria segundo tempo.
“Aparentemente, dois jogadores no campo trocaram palavras. Quem foi primeiro, quem foi segundo, é só entre eles. Os jogadores da Nova Zelândia decidiram apoiar o companheiro deles. E, obviamente, nosso time apoiou nosso jogador”, disse Queiroz.
“Decidiram abandonar o jogo sem testemunhas. O juiz não ouviu, os bancos de reservas não ouviram. Foi só uma discussão entre dois jogadores. É uma nova história, um novo capítulo do futebol, que, com certeza, ninguém pode entender”, acrescentou o treinador.
Queiroz cobrou ainda providências da FIFA no caso.
“Agora, vamos deixar as autoridades do futebol tomarem uma decisão sobre o que aconteceu aqui, neste amistoso. Acho que está claro que este caso vai ser observado”, cobrou.
Crédito imagem: Nova Zelândia/Twitter
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