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Série C: Árbitro relata gritos homofóbicos de torcedores em Náutico x CSA

A partida entre Náutico e CSA, pela Série C do Campeonato Brasileiro, foi paralisada aos 11 minutos do primeiro tempo pelo árbitro Dyorgines Jose Padovani de Andrade por conta de gritos homofóbicos vindos das arquibancadas do estádio Aflitos.

O juiz, que direcionou as mãos para a arquibancada de onde vinham os gritos, registrou o ocorrido na súmula.

“Aos 11 minutos do primeiro tempo de partida, foi escutado da torcida do Clube Náutico Capibaribe, que se encontrava atrás de um dos gols, canto homofóbico da seguinte forma: – rema, rema, remador, vou botar no c* tricolor. Se o tricolor for sapatão vou botar na b**** do leão. Após este fato, quando o jogo foi paralisado, me dirigi até o delegado da partida relatando o fato e, logo após, foi anunciado no sistema de som do estádio para que a mesma torcida não mais cantasse esse tipo de música que se cessou imediatamente”, relatou Dyorgines.

O árbitro também registrou cantos homofóbicos vindos da torcida do CSA, localizada no setor dos visitantes.

“Após o término do jogo, fui informado pelo 4º árbitro da partida, que o delegado do jogo ouviu da torcida do CSA, que se encontrava atrás de um dos gols, um cântico homofóbico que mencionava a palavra “No c* da barbie”, fato este que não foi observado por mim”, diz o documento.

Com o registro do árbitro, os dois clubes correm risco de punição, uma vez que a CBF incluiu, neste ano, no Regulamento Geral de Competições (RGC), penas para infrações de cunho discriminatório.

“Será considera de extrema gravidade, podendo o infrator responder por meio da aplicação da pena de advertência, multa, vedação de registro ou transferência de novos atletas a até perda de pontos”, diz o artigo 134 do RGC.

Na Justiça Desportiva, os clubes podem ser enquadrados no artigo 243-G do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que prevê uma multa de R$ 100 a R$ 100 mil e os torcedores, caso identificados, ficarão proibidos de frequentar o estádio por, no mínimo, 720 dias.

Crédito imagem: Reprodução

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