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STJD aplica multa e tira três pontos do Brusque na Série B por injúria racial contra Celsinho

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julgou nesta sexta-feira (24) o caso de injúria racial sofrido pelo meia Celsinho, do Londrina. Por “ato discriminatório”, o Brusque e um conselheiro do clube catarinense foram multados, suspensos e perderam pontos.

Ao Brusque, o tribunal aplicou uma multa de R$ 60 mil e retirou três pontos na Série B do Campeonato Brasileiro. Já em relação ao conselheiro Júlio Antônio Petermann, a sanção aplicada foi uma suspensão por quase um ano (360 dias), além de multa de R$ 30 mil.

Ambos foram enquadrados no art. 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) por “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado ao preconceito”.

Horas após Celsinho, meia do Londrina, relatar ter sofrido injúria racial durante a partida contra o Brusque, válida pela 21ª rodada da Série B, no dia 28 de agosto, o clube catarinense se manifestou sobre o caso acusando o jogador de “falsa imputação de racismo”, afirmando que nenhum de seus diretores cometeu o crime.

O comentário de uma pessoa ligada ao Brusque foi registrado pelo árbitro Fábio Augusto Santos na súmula da partida. Segundo o relato, um integrante teria dito a Celsinho: “Vai cortar esse cabelo, seu cachopa de abelha”.

Mesmo com o registro, o clube negou qualquer ato de injúria racial e diz que o jogador do Londrina “é conhecido por se envolver neste tipo de episódio”.

Esse foi o terceiro jogo que Celsinho foi alvo de racismo na Série B deste ano. Em partida contra o Goiás, disputada em julho, o narrador e o comentarista da Rádio Bandeirantes Goiânia fizeram ataques ao meia, falando de forma pejorativa do cabelo do jogador. No jogo contra o Remo, o atleta também foi alvo de ofensas devido seu cabelo afro por parte de um narrador da Rádio Clube do Pará.

Após a partida, em entrevista ao Premiere, Celsinho falou sobre o caso e disse que tomará medidas jurídicas.

“Não sei se ele faz parte da comissão técnica, da diretoria, um senhor de vermelho no camarote. Também não entendo porque tem tantas pessoas assim em um protocolo que não estão liberados os jogos para os torcedores. É lamentável. Uma equipe de porte médio baixo recém-promovida à Série B de Campeonato Brasileiro estar cometendo um ato desses é inadmissível, mas as providências serão tomadas”, declarou.

Crédito imagem: Londrina

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