O Pleno do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) adiou, nesta quinta-feira (26), o julgamento da Medida Inominada protocolada pelo São Paulo para anular a partida contra o Fluminense, pelo Brasileirão, após pedido de vista (tempo maior para análise) da auditora Antonieta da Silva Pinto.
Antes do pedido de vista, dois auditores (Luiz Felipe Bulus e Marco Aurélio Choy) votaram contra o recebimento do pedido de anulação. Dois citaram que a solicitação apresentada pelo São Paulo foi feita fora do prazo de 48 horas previsto no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
Já relator do caso, Rodrigo Aiache, recebeu o pedido, reconheceu que houve erro de direito cometido pelo árbitro, mas considerou que ele era irrelevante para o resultado da partida.
O caso deve se analisado novamente na próxima sessão do Pleno, ainda sem data definida.
No pedido, o Tricolor afirma que o árbitro Paulo Cesar Zanovelli deixou de cumprir as regras do jogo ao validar o primeiro gol do Fluminense, ou seja, teria cometido um erro de direito.
O parágrafo 1º do artigo 259 do CBJD diz que: “a partida, prova ou equivalente poderá ser anulada se ocorrer, comprovadamente, erro de direito relevante o suficiente para alterar seu resultado”.
Por que o gol foi irregular?
No lance em questão, Calleri e Thiago Santos correram em disputa de bola na origem da jogada. O auxiliar Guilherme Dias Camilo balançou a bandeira alertando Zanovelli de falta. No entanto, uma infração em campo só é confirmada com o apito do árbitro, o que não aconteceu. O assistente não tem o poder de marcar a falta.
Na sequência, mesmo sem o apito do árbitro para marcar a falta, Thiago Silva colocou a mão na bola, cobrou a suposta ‘falta’ e iniciou a jogada que resultou no gol do atacante Kauã Elias. O lance chegou a ser revisado pelo VAR (árbitro de vídeo), que acabou validando o gol.
De acordo com a comentarista de arbitragem da ESPN Brasil, Renata Ruel, o árbitro Paulo Cesar Zanovelli da Silva não cumpriu com a regra ao não marcar a infração de Thiago Silva por colocar a mão na bola.
“Não teve uma falta para o Thiago Silva cobrar. A mão dele na bola é deliberada. Erro absurdo da arbitragem. O jogo não foi paralisado. Não teve apito do árbitro. Houve mão do Thiago no lance”, disse a ex-árbitra.
Crédito imagem: STJD
Nos siga nas redes sociais: @leiemcampo