Julgado pela 4ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta quinta-feira (26), o técnico Abel Ferreira, do Palmeiras, foi punido com dois jogos de suspensão pela expulsão na partida contra o Flamengo, na Copa do Brasil, por ter feito um gesto obsceno durante uma reclamação.
Como o Palmeiras já foi eliminado da Copa do Brasil, a Procuradoria do STJD pediu para que a pena seja cumprida no Campeonato Brasileiro, com base no artigo 171 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) – “quando a suspensão não puder ser cumprida na mesma competição, campeonato ou torneio em que se verificou a infração, deverá ser cumprida na partida, prova ou equivalente subsequente de competição, campeonato ou torneio realizado pela mesma entidade”.
De acordo com o ‘ge’, o Palmeiras não concorda que a punição seja cumprida no Brasileirão e por isso deve recorrer e pedir efeito suspensivo.
Abel Ferreira foi enquadrado no artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que fala em “assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética esportiva, como desrespeitar os membros de arbitragem” e prevê de um a seis jogos de suspensão.
Na ocasião, o treinador português levou a mão à genitália após se irritar com uma decisão da arbitragem. Por conta do gesto, Abel Ferreira foi expulso aos 38 minutos do segundo tempo.
Em entrevista ao ‘UOL Esporte’, Abel Ferreira disse que o gesto foi feito em direção à comissão técnica do Palmeiras.
“Já tive a oportunidade de mostrar as nossas imagens, que o Palmeiras tem vista de cima. Há uma falta do meu lado direito, e as imagens são claras, que não concordo. E como foi uma arbitragem sobretudo na segunda parte em que parou muito. E é preciso coragem para arbitrar um jogo deste nível. E quando acontece a falta, viro na direção da minha comissão técnica e faço o gesto, de que o árbitro não teve coragem. Não teve coragem. Estou falando com a minha comissão técnica, através da minha voz e gesto corporal. O árbitro não tem coragem, aqui vocês dizem outra coisa, mas eu disse que não tem coragem. Não vou negar o gesto, fiz o gesto, mas em momento algum a intenção de ofender alguém”, explicou o treinador.
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