Barcelona, Real Madrid e Juventus publicaram nesta sexta-feira (30) uma nota conjunta para comemorar a decisão do tribunal comercial de Madrid que revoga todas as punições impostas aos três clubes pela UEFA por conta da criação da Superliga Europeia.
“Temos o prazer de saber que, a partir de agora, não estaremos sujeitos a constantes ameaças da Uefa. Continuamos empenhados no objetivo de desenvolver o projeto da Superliga Europeia de forma construtiva e solidária”, afirmaram os clubes.
Com efeito imediato, a decisão ainda determina que a entidade europeia também terá que arquivar o expediente disciplinar aberto contra os três, e deixará sem qualquer efeito as multas ou advertências impostas contra os outros nove fundadores – Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Tottenham, Atlético de Madrid, Milan e Inter de Milão –, que abandonaram o projeto após forte pressão pública.
Confira o comunicado na íntegra
“Barcelona, Juventus e Real Madrid expressam a sua satisfação com a decisão judicial hoje adotada, ordenando a UEFA a revogar, com efeito imediato, todas as ações contra os clubes fundadores da Superliga Europeia, incluindo o ajuizamento definitivo do processo disciplinar aberto aos três clubes acima mencionados e para anular as multas e outras restrições que foram impostas aos restantes nove clubes fundadores, como condição para que não sejam sujeitos a processo disciplinar por parte da UEFA.
Desta forma, os tribunais mais uma vez apoiam a posição dos promotores da Superliga Europeia e indeferem o recurso interposto pela UEFA, confirmando o seu alerta de que o incumprimento desta resolução pode implicar sanções financeiras e responsabilidade penal. O caso será analisado pelo Tribunal de Justiça da União Europeia no Luxemburgo, que irá rever a posição de monopólio que a UEFA detém sobre o futebol europeu.
Temos o dever de enfrentar os desafios do futebol. A UEFA reivindicou o cargo, exclusivamente, de regulador, operador e único proprietário e gestor das competições europeias de futebol. Esta posição de monopólio, em conflito de interesses, prejudica seriamente o futebol e seu equilíbrio competitivo. Como foi demonstrado em várias ocasiões, os controles financeiros são inadequados e não têm sido aplicados objetivamente. Os clubes que participam em competições europeias têm o direito de governar as suas próprias competições.
Temos o prazer de saber que, a partir de agora, não estaremos sujeitos a constantes ameaças da Uefa. Continuamos empenhados no objetivo de desenvolver o projeto da Super Liga Europeia de forma construtiva e solidária, tendo em conta adeptos, jogadores, treinadores, clubes, ligas e associações e federações nacionais e internacionais. Estamos cientes de que há elementos de nossa proposta que devem ser revistos e, claro, aprimorados por meio do diálogo e do consenso. Continuamos a confiar no sucesso de um projeto que respeitará sempre as normas da União Europeia”.
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