A 2ª Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) julgou nesta quarta-feira (25) o caso de injúria racial de um torcedor do Athletico-PR contra Samuel Santos, atleta do Londrina, durante uma partida do Campeonato Paranaense. Carlos Alexandre Tonin, autor da ofensa discriminatória, está proibido de frequentar estádios por 2.160 dias (5,9 anos) enquanto o Furacão terá que pagar uma multa de R$ 20 mil. O clube ainda pode recorrer da decisão. A informação foi divulgada primeiramente pelo ‘ge’.
O caso aconteceu no dia 20 de março, pelas quartas de final do Campeonato Paranaense de 2022, na Arena da Baixada.
Aos 30 minutos do segundo tempo, Samuel Santos discutiu com um torcedor do Athletico na arquibancada quando foi cobrar um arremesso lateral. O jogador alegou que ouviu ofensas racistas e foi chamado de “preto” e “vera verão”, em alusão a um personagem de um programa de televisão.
A Polícia Militar (PM-PR) e os seguranças do Athletico foram chamados e retiraram o torcedor das arquibancadas. Ele foi encaminhado para a Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e depois para a Central de Flagrantes onde acabou detido por três horas e foi solto após uma fiança de R$ 500. Ele responderá ao crime de injúria racial em liberdade.
Após a partida, o Londrina divulgou uma nota repudiando mais um caso de injúria racial contra um atleta do clube. No ano passado, o meia Celsinho sofreu com o mesmo problema em três oportunidades diferentes.
“Sobre o episódio de racismo envolvendo o atleta Samuel Santos, o Londrina Esporte Clube repudia veementemente atos de cunho racista ou preconceituosos. Informamos, também, que o atleta registrou boletim de ocorrência após a partida contra o Athletico Paranaense, devidamente acompanhado pelo Departamento Jurídico do clube. Lamentamos profundamente a ocorrência desses fatos e ressaltamos que prestaremos total apoio ao atleta”, escreveu o clube.
Crédito imagem: Transmissão
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