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Torcedor acusado de racismo no Morumbi cobra danos morais de presidente do São Paulo e empresa de camarote na Justiça

O torcedor Ricardo Pereira Fernandes, acusado de praticar um ato racista durante a partida contra o Fluminense, entrou na última terça-feira (18) com uma ação na justiça paulista contra o presidente do São Paulo, Júlio Casares, e a Ídolos Eventos Esportivos, que mantém camarote no Morumbi. Ele cobra uma indenização por danos morais de cada parte no valor de R$ 400 mil. A informação foi divulgada pelo ‘Blog do Perrone’.

Na ação, Ricardo alega que desde o início rejeitou a acusação e afirma que teve a sua imagem prejudicada pelo episódio. Ele responsabiliza uma postagem sobre o caso que teria sido feita pelo perfil do Camarote dos Ídolos no Instagram e compartilhada por uma conta que seria de Júlio Casares.

O caso aconteceu no dia 17 de julho. Em uma rede social, um torcedor do Fluminense postou um vídeo no qual Ricardo Fernandes aparece supostamente imitando um macaco em sua direção. No processo, os advogados de defesa do torcedor repetem a explicação que ele já havia dado após o caso ganhar repercussão.

“Como de costume, durante a partida de futebol as duas torcidas começaram a rivalizar uma com a outra, todavia as brincadeiras eram sadias. Na hora do gol de virada do São Paulo, o autor debochou dos torcedores do Fluminense, da torcida organizada Young Flu, dizendo que aquele iria explodir por tomar tanta ‘bomba’ (anabolizante), momento em que o autor imitou o personagem em quadrinhos ‘Incrível Hulk'”, afirmam os advogados do torcedor na ação.

Para reforçar a veracidade dessa versão, a defesa de Ricardo Fernandes citou a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) que absolveu o São Paulo em julgamento sobre a suposta prática de atos racistas por torcedores do clube.

“Insta esclarecer que conforme julgamento realizado pelo STJD, onde foi realizada perícia das imagens do caso em apreço, ficou constatado e confirmado que os gestos externados pelo autor não tinham quaisquer conotações racistas! O que reforça a tese a seguir delineada de que os réus agiram em extrema inobservância ao princípio do contraditório e ampla defesa, bem como não houve qualquer interesse em informar, mas na verdade incitar à população contra o autor, não se preocupando os réus minimamente com a veracidade das informações”.

Ao ser procurado pelo blog, o presidente do São Paulo disse desconhecer o processo e afirmou que não comentaria o caso. Já Leonardo Rizzo, CEO da holding à qual o Camarote Ídolos é vinculado disse: “Não estou sabendo de nada. Não lembro de nenhuma postagem. Loucura”.

Na ação, os advogados do torcedor apresentaram cópias das postagens relacionadas ao camarote e ao presidente Júlio Casares. “Racista aqui não entra. Vamos encontrar esse racista”, diz a mensagem. As publicações apresentadas na petição inicial não trazem o nome do torcedor nem sua imagem.

Para estabelecer o valor da indenização pedida, os advogados de Fernandes apresentaram um cálculo dando conta de que o camarote faturaria R$ 856 mil por jogo.

Crédito imagem: São Paulo

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