No começo da tarde desta quarta-feira (22), a Uefa emitiu um comunicado em que manifesta estar “desapontada” com o plano da Fifa de alterar o calendário do futebol mundial para passar a realizar a Copa do Mundo a cada dois anos.
No comunicado, a Uefa afirma que a metodologia usada pela entidade máxima do futebol tem “levado projetos de reforma radical a serem promovidos abertamente antes de ter sido dada, juntamente com outras partes interessadas, a oportunidade de participação em qualquer reunião”.
Em relação a ideia de realizar a Copa do Mundo de forma bienal, a Uefa fez uma lista com quatro “perigos reais” envolvidos na mudança de tempo do evento, que tradicionalmente acontece a cada quatro anos.
- A diluição do valor do evento número 1 mundial do futebol, cuja ocorrência quadrienal lhe confere uma mística com a qual cresceram gerações de torcedores;
- A erosão das oportunidades esportivas para as seleções nacionais menos poderosas, substituindo jogos regulares por torneios finais;
- O risco para a sustentabilidade dos jogadores, obrigados a participar em competições de alta intensidade no verão [europeu] em todos os anos, em vez de intervalos de recuperação mais longos em anos alternados;
- O risco para o futuro dos torneios femininos, privados de espaços temporais exclusivos e ofuscados pela proximidade dos principais eventos masculinos.
“Estas são apenas algumas das sérias preocupações que a proposta da Fifa provoca à primeira vista e não podem ser dissipadas simplesmente com ‘slogans’ promocionais sem fundamento sobre os supostos benefícios de um calendário mais extenso”, continuou a Uefa, que ressaltou o seu pedido para participar de debates sobre o projeto.
“A Uefa e as suas 55 federações membro ainda não receberam uma resposta da Fifa sobre este pedido”, finalizou.
Crédito imagem: Getty Images
Nos siga nas redes sociais: @leiemcampo