A Copa do Mundo tem uma história fascinante que remonta a sua inauguração em 1930, no Uruguai. Desde então, cresceu em escala e importância, tornando-se um fenômeno que transcende as linhas de campo.
Este espetáculo esportivo de magnitude colossal não só reúne os melhores jogadores de futebol de cada nação, mas também movimenta economias, cria laços entre culturas diversas e evoca paixão e unidade em torcedores de todos os cantos do planeta.
A Copa do Mundo representa muito mais que uma competição esportiva; é um evento de celebração, rivalidade saudável e o amor compartilhado pelo jogo, que une a humanidade em um espírito de camaradagem e competição justa.
Ao longo dos anos, a Copa do Mundo passou por significativas transformações no formato e no número de seleções participantes. Em 1998, atingiu o sistema atual com 32 países distribuídos em 8 grupos de 4 equipes, onde duas se classificam para as oitavas de final, proporcionando uma emocionante jornada até a grande final. Este modelo, apesar de gerar grande emoção, também revela a imprevisibilidade, com surpreendentes eliminações de seleções de renome já na primeira fase.
No ano de 2002, pela primeira vez, a Copa do Mundo foi organizada conjuntamente por dois países, Japão e Coreia, uma decisão compreensível dada a proximidade geográfica e o tamanho modesto de ambos.
Vinte anos depois, em 2022, a Copa do Mundo tradicionalmente realizada durante o verão europeu, foi deslocada para novembro devido a questões climáticas no Catar, país islâmico, que resultaram também na proibição da venda de cerveja nos estádios, desconsiderando a experiência dos torcedores.
A partir de 2026, a Copa do Mundo sofrerá um aumento considerável e controverso: será sediada em três países (EUA, Canadá e México) e contará com 48 seleções divididas em 16 grupos de 3, avançando duas para os dezesseis avos de final. Este crescimento excessivo pode diluir a emoção da primeira fase e comprometer a qualidade do torneio, com a presença de seleções de menor expressão no cenário do futebol mundial.
E quando pensávamos que o exagero estava completo, a FIFA decidiu que a Copa do Centenário, em 2030, será realizada em seis países e três continentes.
Com a abertura no Uruguai, Argentina e Paraguai receberão um jogo cada país e o restante da Copa do Mundo ocorrerá na Espanha, Portugal e Marrocos, tornando a logística para os torcedores e até para a imprensa um desafio, demonstrando uma falta de consideração pela experiência do público e a qualidade da competição.
É crucial que a FIFA considere seriamente o impacto dessas mudanças e o equilíbrio entre expansão e manutenção da autenticidade e qualidade da Copa do Mundo. O risco de esvaziamento da competição e a perda de público e popularidade são efeitos colaterais que merecem atenção e revisão nas futuras edições do torneio.
Em face das mudanças substanciais que a Copa do Mundo tem enfrentado em termos de formato, localização e expansão, é crucial que a FIFA balanceie com sabedoria os interesses das federações e a qualidade do evento. O equilíbrio entre a tradição e a inovação é fundamental para preservar a essência e a paixão que a Copa do Mundo evoca em milhões de torcedores ao redor do mundo.
É imperativo que a FIFA reveja suas decisões de expansão desenfreada e considere seriamente o impacto potencial no espírito competitivo e na apreciação do torneio, garantindo que a Copa do Mundo permaneça uma celebração autêntica do futebol global.
Crédito imagem: Divulgação
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