Em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira (24), o meia Georginio Wijnaldum, da Holanda, pediu que a Uefa fique atenta e proteja os jogadores de ataques racistas durante a Eurocopa. O jogador sugeriu que a entidade deveria suspender partidas em que forem ouvidos cantos discriminatórios nas arquibancadas.
“A Uefa devia proteger os jogadores que estão em campo, devia tomar a decisão por eles (…) Devia ter um papel de líder e dizer: ‘Se isto acontecer [insultos racistas], suspende-se o jogo”, disse o capitão da seleção holandesa.
Wijnaldum afirmou que nunca foi alvo de racismo em campo, mas que já pensou no que fará se isso acontecer no próximo domingo (27), em Budapeste, no jogo contra a República Tcheca, pelas oitavas da Eurocopa.
“Nunca vivi essa situação, e espero nunca viver. Não sei como reagiria. Há tempos achava que não iria abandonar o campo, hoje penso de maneira diferente”, declarou.
Durante a partida entre Hungria e França, no sábado passado, supostos sons de imitação de macacos foram ouvidos na Arena Puskás, toda vez que Kylian Mbappé e Karim Benzema pegavam na bola.
A partida não foi paralisada. No dia seguinte, a Uefa anunciou a abertura de um inquérito para o seu Comitê de Ética e Disciplina apurar “eventuais incidentes discriminatórios” no jogo.
O jogador também revelou que seguirá o goleiro Manuel Neuer, da Alemanha, e usar uma braçadeira de capitão nas cores de arco-íris, em apoio à causa LGBTQ+.
“Ao usar esta faixa, nós, da seleção holandesa, queremos enfatizar que defendemos a inclusão e a conexão. Somos contra qualquer forma de exclusão e discriminação. Esperamos desta forma apoiar todos os que se sentem discriminados em qualquer parte do mundo”, afirmou o meia.
Crédito imagem: Getty Images
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