O lateral-direito Marcinho, do Athletico, virou réu por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, por ter atropelado e provocado a morte de dois professores no Rio de Janeiro. O juiz Rudi Baldi Loewenkron, da 34ª Vara Criminal, aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ).
O juiz determinou pela citação e intimação do jogador de 24 anos. De acordo com o Código Penal, se for declarado culpado, Marcinho pode pegar de dois a quatro anos de prisão, além de poder ser aumentada por conta da omissão de socorro às vítimas.
O caso aconteceu no final do ano passado, no dia 30 de dezembro, por volta das 20h30. Marcinho atropelou um casal de professores na orla do Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio de Janeiro.
As vítimas foram: Alexandre Silva de Lima, que morreu na hora, e sua esposa Maria Cristina José Soares, vindo a falecer seis dias depois.
Nas investigações conduzidas pela 42ª DP, Marcinho alegou ter fugido do local do atropelamento devido ao medo de ser linchado por populares. O jogador abandonou seu carro, um Mini Cooper, na Rua Professor Hermes Lima, minutos após o acidente.
Porém, a polícia afirmou que “imagens captadas demostraram que não havia risco concreto algum à sua integridade física”.
A perícia apontou que jogador dirigia acima da velocidade permitida no local, 98km/h, quando o limite da via é de 70km/h. Em depoimento, Marcinho negou que estava em alta velocidade.
Imagens de uma câmera de segurança mostraram Marcinho em um restaurante, no período da tarde, onde ele teria ingerido cinco chopes. No entanto, o documento apresentado pelo MP destaca que “o acidente fatal aconteceu após às 20h30, o que afasta inferir que ele estava dirigindo sob efeito de álcool”.
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