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O “jogo de todos”: a temporada 2023-24 da NBA

A nova temporada da NBA começou a todo vapor. Se em 2022-23 o mote escolhido foi “a liga que não para”, desta vez a campanha de lançamento, exibida em mais de 215 países, baseou-se no conceito “o jogo de todos”.

Segundo Tammy Henault, diretora de marketing da NBA, a campanha “captura a paixão e o trabalho árduo que os jogadores realizam dia após dia, despertando (…) expectativa para uma temporada emocionante e imprevisível”.

Além disso, a expressão “jogo de todos” tem um duplo sentido: “fala dos (…) valores de inclusão e simboliza o poder do basquete para unir as pessoas”.

De fato, a liga estará repleta de atrações para gente de todos os gostos e interesses nos próximos 8 meses.

As partidas da primeira semana da NBA já ofereceram ao público, por exemplo, a “velha novidade” de um decisivo Damian Lillard no Milwaukee Bucks, a aguardada estreia do prodígio francês Victor Wembanyama e um reencontro entre dois dos maiores nomes do esporte nas últimas décadas, LeBron James e Kevin Durant, que não se enfrentavam desde 2018.

Além dos duelos nas quadras, vale a pena prestar atenção em algumas outras histórias no desenrolar da temporada.

A nova Política de Participação de Jogadores terá efeitos positivos na percepção dos torcedores, dos patrocinadores e dos parceiros de mídia?

A vontade geral é de ver, no maior número de jogos possível, as principais estrelas em ação, mas há quem acredite que a lógica por detrás do load management não deixará de existir subitamente apenas por força da mudança de regras.

Por falar em mudança, conseguiremos ver diferenças sensíveis no processo de tomada de decisão das franquias por conta do novo acordo coletivo de trabalho?

Será intrigante observar, na (re)montagem dos elencos, se prevalecerá uma racionalidade econômica a longo prazo ou se as ambições esportivas falarão mais alto do que as punições financeiras estabelecidas para quem gastar em excesso.

O que nos leva a outra questão relevante para a temporada: os atletas que assinaram extensões contratuais multimilionárias e que estarão, mais do que nunca, sob os holofotes, conseguirão produzir resultados para fazer jus ao investimento?

Depois de Jaylen Brown, Giannis Antetokounmpo e Anthony Davis, fica a dúvida sobre quem serão os próximos nomes de destaque a estender os seus contratos.

Como já explicamos aqui, o dinheiro que as equipes pagam aos jogadores depende, em grande medida, de quanto a NBA recebe de seus parceiros de mídia. Isso nos sugere mais uma pergunta: quando “vazarão” outros detalhes acerca das negociações do próximo contrato de direitos de transmissão?

Ambiciosos atores do mercado de tecnologia e telecomunicações querem se associar à liga e nada como uma concorrência bem conduzida para fazer com que o “lance” vencedor seja historicamente pujante.

Os 45 dias de exclusividade das atuais parceiras da NBA, Disney e Warner Bros., começarão a contar a partir do dia 9 de março de 2024. Depois disso, qualquer outra gigante, como Amazon ou Apple, poderá entrar pesado na disputa para seduzir “a garota mais bonita do baile” e passar a transmitir os jogos globalmente.

Quem deverá voltar ao antigo formato na temporada 2023-24 da NBA é o All-Star Game, com a retomada do embate entre as seleções das Conferências Leste e Oeste.

Alguém aposta em James Harden como um dos escolhidos para a partida festiva? O atleta permanece rompido com a direção do Philadelphia 76ers desde agosto, quando acusou publicamente seu antigo amigo Daryl Morey, presidente de operações de basquete da franquia, de ser um mentiroso.

Harden exerceu opção contratual no valor de US$ 35,6 milhões para temporada 2023-24, abrindo mão de ser um agente livre por contar, ao que tudo indica, com a promessa de Morey de que receberia uma oferta para assinar pelo valor máximo permitido.

Como isso não ocorreu, Harden começou a faltar aos treinos e foi barrado de viajar com o time ao se apresentar no aeroporto antes da partida inaugural contra o Milwaukee Bucks.

Pelo atual regramento da NBA, Harden, por estar em um contrato expirante, não poderá continuar se recusando a treinar/jogar por mais do que 30 dias, uma vez que isso daria ao 76ers a possibilidade de impedi-lo, na prática, de se tornar um agente livre. Caso isso aconteça, teremos um marco nas sempre presentes discussões sobre o empoderamento dos atletas.

Outro jogador que começa a temporada sem jogar é Ja Morant, suspenso por 25 partidas por reincidência em aparição com armas de fogo nas redes sociais. Vejamos se o talentoso armador conseguirá atingir o nível que demonstrou antes de as polêmicas tomarem conta de sua carreira.

Ainda no tema polêmicas, tomara que tenhamos poucas envolvendo a arbitragem, que precisará lidar com novas regras relativas à simulação de faltas e com a adição de um segundo desafio que poderá ser feito pelos treinadores.

Outra novidade é o torneio que será disputado pela primeira vez no curso da temporada, o qual tem sido carinhosamente chamado de “Copa NBA”, com direito a final em jogo único na capital das apostas esportivas, Las Vegas, em 9 de dezembro de 2023.

Queremos crer que será um sucesso. Há quem preferia pontos corridos, há quem prefira mata-mata. Na NBA, “o jogo de todos”, dá para agradar todo mundo.

Muito obrigado por acompanhar a coluna e boa temporada!

Crédito imagem: NBA/Divulgação

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